Em um momento em que o Brasil enfrenta uma das piores crises de corrupção da história recente, com esquemas bilionários envolvendo aposentados e idosos sendo roubados descaradamente por supostos agentes do Estado, surge mais um capítulo desastroso na gestão do governo petista. Dessa vez, não se trata apenas de escândalos internos ou denúncias locais — é uma vergonha internacional, transmitida ao vivo para todo o mundo assistir, e que até mesmo a Globo, aliada histórica do PT, parece ter finalmente ousado criticar.
O palco? Moscou. O protagonista? Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, representando um país democrático que, segundo muitos, está cada vez mais difícil reconhecer nesse cenário global. A ocasião? Um encontro com Vladimir Putin, líder russo acusado de crimes de guerra e condenado internacionalmente por sua invasão à Ucrânia. E o pior: Lula não só compareceu a essa reunião como escolheu esse exato momento para reatar relações com um dos maiores vilões geopolíticos do século XXI.
Uma Viagem Polêmica no Pior Momento Possível
No meio de um turbilhão de denúncias sobre corrupção, aumento da inflação e crise energética, Lula decidiu fazer uma viagem diplomática que não passaria despercebida. Sua escolha de destino foi criticada tanto pela oposição quanto por parte da imprensa: ele embarcou rumo à Rússia, onde participou de uma cúpula internacional organizada por Vladimir Putin. Uma reunião que, longe de ser um evento simbólico de celebração histórica, era, na verdade, uma demonstração de força de regimes autoritários ao redor do mundo.
Países como Venezuela, Cuba, Azerbaijão, Turcomenistão e Vietnã também estiveram presentes, num pacote nada aleatório de nações historicamente associadas à repressão política, falta de liberdade de expressão e violações sistemáticas de direitos humanos. Enquanto isso, o Brasil, outrora visto como uma potência emergente do bloco democrático ocidental, estava lá, sentado entre os ditadores.
E não foi qualquer presença. Foi uma visita oficial, com toda a pompa de um chefe de Estado visitando outro. A esposa de Lula chegou inclusive uma semana antes, antecipando o clima de camaradagem entre as duas nações. Algo inaudito para quem acompanha de perto a posição do Ocidente frente à guerra na Ucrânia.
O Encontro Bilateral: Um Espectáculo de Desconexão
Se a escolha do local já causou estranheza, o comportamento de Lula durante a reunião bilateral elevou a situação a um nível quase caricato. Ao chegar ao salão de encontros, Lula foi um dos últimos chefes de Estado a aparecer, enquanto Putin já aguardava sentado, visivelmente incomodado com o atraso.
O momento mais emblemático da cena foi quando Putin, tentando manter o protocolo diplomático, pediu que Lula colocasse um fone de ouvido para facilitar a tradução simultânea. Mas Lula ignorou a solicitação. Putin, então, chamou um ministro ao seu lado para alertar o brasileiro. Somente após insistência é que Lula entendeu o recado e se preparou para iniciar a conversa.
Para analistas, esse foi apenas mais um sinal de desconexão entre o discurso diplomático esperado e a realidade prática de um encontro tão carregado de significados. Se havia alguma intenção de mostrar firmeza ou independência, ela foi ofuscada por uma série de gestos que pareciam submissão. Lula, em vez de usar a oportunidade para defender valores universais como paz e soberania territorial, elogiou publicamente Putin e falou de “sonhos construídos nos últimos 15 anos” entre os dois países.
“Heróis da Guerra Patriótica”: Um Discurso Inaceitável
Durante a coletiva conjunta, Lula fez declarações que chocaram observadores internacionais:
“Heróis da Guerra Patriótica. Aqui tem gente que veio pela primeira vez à Rússia… Quero lhe dizer que essa minha visita, depois de 15 anos, é, na verdade, a retomada dos sonhos que nós construímos nesses 15 anos…”
Essas palavras, pronunciadas diante de Putin, foram interpretadas como um endosso tácito à narrativa russa sobre a guerra na Ucrânia. Em vez de tomar uma posição neutra e ponderada, Lula usou linguagem que soou como apoio moral ao regime russo, referindo-se aos militares russos como “heróis”. Para muitos, esta foi a gota d’água em uma jornada que misturou ingenuidade, cinismo e desconhecimento histórico.
O contexto torna tudo ainda mais grave. Num momento em que a Corte Internacional de Haia emitiu mandado de prisão contra Putin por supostos crimes de guerra, e com a comunidade internacional amplamente alinhada contra a invasão russa, ver um presidente democrático abraçar essas palavras causa perplexidade.
Ministros que acompanhavam Lula, como Mauro Vieira, também não ajudaram muito à imagem brasileira. Vieira chegou a escapar de uma convocação da Comissão de Ética da Câmara (Credem) para depor sobre o caso do asilo político concedido à ex-ministra peruana Mercedes Aráoz, acusada de corrupção. Ele preferiu viajar para Moscou, onde se reuniu com Serguei Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo conhecido por sua postura belicosa.
A Globo Quebra o Silêncio e Chama Putin de "Extrema-Direita"
Um dos momentos mais surreal da cobertura dessa saga foi a forma como a Globo tratou o encontro. Tradicionalmente alinhada com o establishment político brasileiro, a emissora surpreendeu ao emitir uma crítica explícita ao presidente Lula. Não só questionou a conveniência da viagem, mas classificou Putin como “líder da extrema-direita”.
Isso pode parecer óbvio para alguns, mas considerando que Putin é ex-militar da KGB — braço forte da União Soviética —, rotulá-lo como extremista de direita soa, no mínimo, contraditório. Analistas políticos compararam essa tentativa com outras distorções ideológicas recentes, como quando o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, classificou a Venezuela como uma ditadura de direita conservadora — algo que não resiste ao menor escrutínio histórico.
Apesar da imprecisão, a fala da Globo revela algo importante: uma fissura na blindagem midiática tradicional em relação ao PT. Pela primeira vez, uma grande rede de notícias brasileira rompeu com o padrão automático de defesa do governo, evidenciando que a agenda internacional de Lula ultrapassou limites aceitáveis até para seus aliados mais moderados.
A Verdadeira Vergonha: O Brasil na Cúpula dos Ditadores
O problema aqui vai além do encontro específico com Putin. O cerne da questão é o seguinte: por que o Brasil, uma nação que há décadas busca espaço nas organizações multilaterais, decide marcar presença justamente numa reunião que reúne algumas das ditaduras mais cruéis do planeta?
Não houve nenhum esforço para dissociar o Brasil desses regimes. Nenhuma menção às violações de direitos humanos em Cuba, nenhuma condenação formal à guerra iniciada por Putin. Apenas silêncio. E aplausos. Literalmente.
Ao posicionar o Brasil ao lado dessas nações, Lula corre o sério risco de danificar de maneira irreversível a reputação do país no exterior. Países europeus e americanos assistem perplexos a esse flerte perigoso com regimes autocráticos, e muitos já começam a rever suas parcerias comerciais e estratégicas com o Brasil.
O Futuro Incerto: Entre o Isolamento e a Reação Popular
A repercussão negativa dessa viagem não ficou restrita às elites diplomáticas. Nas ruas e redes sociais, cresce o número de brasileiros indignados. Muitos se perguntam: qual é o interesse nacional nessa aproximação? O que o Brasil ganha ao se alinhar com governos que desprezam as instituições democráticas?
Especialistas em relações internacionais alertam que a decisão de Lula pode gerar consequências econômicas reais. Sanções comerciais, restrições de investimentos e até pressão no Conselho de Segurança da ONU são possíveis. Além disso, a imagem do Brasil como mediador global está comprometida.
Até mesmo setores próximos ao PT começam a se afastar discretamente. O senador Davi Alcolumbre, presidente do Senado, evitou comentários públicos sobre a viagem, o que foi interpretado por muitos como um sinal de desconforto interno. O medo de que o Brasil seja usado como moeda de troca entre forças opostas no tabuleiro geopolítico é real.
O Brasil Precisa Escolher um Caminho
O episódio da viagem de Lula à Rússia é mais do que uma simples manobra diplomática mal sucedida. É um retrato de um país perdido, sem rumo claro, buscando aliados em lugares improváveis enquanto viramos as costas para nossos parceiros naturais de longa data.
Se queremos ser levados a sério no cenário global, precisamos escolher um lado. Ou nos posicionamos ao lado dos valores universais — democracia, liberdade, soberania e direitos humanos — ou assumimos com transparência que estamos prontos para negociar com qualquer um, independentemente dos custos morais e políticos.
O Brasil merece mais do que viagens simbólicas e discursos vazios. Merece uma política externa coerente, fundamentada em princípios claros e defendida com firmeza. E, acima de tudo, merece um presidente que represente a maioria dos brasileiros — não apenas os interesses de um pequeno grupo ideológico.
E você, leitor, o que pensa sobre tudo isso? Compartilhe sua opinião e junte-se ao debate. Juntos, podemos exigir um país mais transparente, mais digno e mais coerente no cenário internacional.
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